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Segurança pessoal em áreas de alto risco
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O número de assaltos a carros-fortes no Brasil tem crescido assustadoramente nos últimos anos. E com mais violência ainda, como a que ocorreu recentemente em Miracatu, interior de São Paulo, quando as partes do veículo de aço e blindados e feitas para suportar tiros de armas potentes, como fuzis, pareciam de papelão tamanha a quantidade e potência dos explosivos que os ladrões utilizaram.
As estatísticas apontam que o número de assaltos violentos contra carros-fortes como esse está aumentando em todo o Brasil. Em 2015, foram 22 casos. Em 2016, 26 e, até a primeira metade do ano, foram 24 ataques. Em 2016 o prejuízo causado pelos bandidos foi de R$ 35 milhões. Até agora, já são R$ 52 milhões.
Além do caso de Miracatu, em São Paulo, no qual os vigilantes conseguiram se abrigar em um matagal antes da ação dos bandidos, já foram registrados casos no Paiauí, em um shopping de Natal, no Rio Grande do Norte, na fronteira com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul, e dentro do pátio da Prefeitura do Rio de Janeiro.
E as estatísticas poderiam ser maiores porque em 19 casos os vigilantes conseguiram fugir com o veículo da ação dos bandidos, tornando assim esta atividade um trabalho de risco.

O presidente da Associação Brasileira de Transportes de Valores, Marcos Paiva, defendo o trabalho em conjunto das polícias para que fechem o cerco a estes bandidos, com divisão dos setores de inteligência e investigação. Outro ponto defendido por ele é maior controle da comercialização de explosivos.
A Vertco Blindagens destaca que os carros-fortes são muito utilizados para o transporte de grandes quantias de dinheiro, documentos e outras mercadores de alto valor e as instituições que mais contratam este serviço são bancos, lojas e museus.
Os Veículos Especiais de Transportes de Valores (VETVs) como também são conhecidos, são blindados, possuem fechadura aleatória e um desenho que prioriza ao máximo sua funcionalidade, que é a segurança do patrimônio que contém. No seu interior, há um cofre-forte para uso da guarnição que viaja em seu interior.
Mesmo com toda esta estrutura, os bandidos estão cada vez mais ousados e exigindo muito mais precaução, ação e segurança do poder público.
Por questões de segurança, os fabricantes não revelam o material usado na construção. Mas sabe-se que a lataria é reforçada com chapas de aço e produtos especiais e recebe blindagem de nível 3 (ou seja, só não resiste a tiros de fuzis perfurantes). No nível 3, o vidro pode chegar a 21 milímetros, chapas de aço com 3 milímetros de espessura e 10 camadas de aramida. O veículo ganhara cerca de 130 kg e resistiria ao calibre Magnum 44.