Há várias categorias de blindagem para carros, que vão desde o nível 1 ao nível 4. Eles se diferenciam pelo grau de proteção balística: cada tipo de blindagem resiste a tipos maiores ou menores de calibres de armas de fogo. O mais comum no País é o nível 3A. Níveis mais elevados de blindagem só são permitidos para o Exército ou para civis mediante permissão. Para blindar um veículo é necessário cerca de um mês.
Os níveis restritos pelo Exército protegem até contra disparos de fuzis AR-15 e FAL. Há também níveis que não são autorizados pelo Exército Brasileiro, por exemplo, o nível quatro que resiste a disparos de metralhadora M60, arma usada em guerras por esquadrões do exército norte-americano.
Todos os modelos de carros podem receber a blindagem, com a ressalva de que tenham potência superior a 90HP. Veículos com potência menor – como os de motor 1.0 – não devem receber a proteção, já que o peso da blindagem adicionada ao veículo reduz o desempenho do mesmo, além de provocar acelerado desgaste de peças como suspensão, amortecedores, entre outras.
Depois de passar por uma vistoria para verificar funcionalidade dos sistemas em geral, o carro recebe uma proteção externa. As peças internas de forração, bancos e sistemas de acionamento de vidros são desmontados, para que a parte opaca (lataria) receba os painéis balísticos. Eles são instalados no teto, portas, painel inferior (onde ficam os pedais), caixas de rodas, pára-lamas dianteiros e painel corta-fogo. Nas colunas, no encosto do banco e tampão traseiro, fechaduras e retrovisores das portas é colocado aço inox. O aço também é fixado em toda a borda do pára-brisa, vigia, portas e vidros fixos para impedir qualquer ponto de vulnerabilidade que pode haver nas dobras do painel. Na área transparente do automóvel, os vidros são substituídos por outros especiais, compostos por diversas lâminas de vidros e polímeros. O número de camadas varia de acordo com o nível de proteção.